Em um desabafo contundente, Fiuk acusou os produtores de seu projeto cinematográfico de drift de excluí-lo integralmente da produção que, segundo ele, foi idealizada a partir de sua própria história. O artista, que investiu tempo, ideias e sonhos no longa, afirmou ter sido surpreendido por mudanças radicais no roteiro, no título e na condução geral do filme — tudo isso sem que ele fosse consultado.
Segundo Fiuk, as pessoas que ele convidou para colaborar no projeto optaram por seguir com a produção sem envolvê-lo. “Mudaram rumos, mudaram até o nome do filme, e ignoraram tudo o que tinha sido combinado”, afirmou ele em suas redes sociais. A decisão unilateral, na visão do cantor, representa uma traição à ideia original, que para ele era algo pessoal e simbólico, não apenas comercial.
Mas ele não parou por aí. Fiuk também denunciou o uso indevido de seu nome e de sua trajetória em negociações realizadas pela equipe. Ele sustenta que sua imagem e sua história estariam sendo exploradas sem seu consentimento, levantando questões éticas e legais sobre os direitos sobre seu próprio legado criativo. “Estão usando o meu nome sem autorização para negociar esse projeto”, disse, numa clara crítica à forma como seu envolvimento foi minimizado — enquanto sua marca pessoal, aparentemente, continuava sendo utilizada como moeda de troca.
Além disso, o artista revelou não ter recebido qualquer documento formal que comprove as filmagens ou os acordos firmados: “Não recebi contratos, nem tive acesso às imagens que gravamos juntos. Hoje não tenho acesso a nada do que eu mesmo criei.” Esse ponto é particularmente sensível, pois expõe não só uma possível omissão contratual, mas também a fragilidade de sua participação enquanto idealizador do longa.
O impacto emocional não passou despercebido por Fiuk: ele afirmou que a situação o feriu profundamente, especialmente considerando o envolvimento “há tantos anos” com o projeto e sua dedicação. A dor da decepção é reforçada pela percepção de que alguns dos colaboradores eram pessoas em quem ele confiava — o que torna tudo ainda mais pessoal e doloroso.
Apesar da indignação, Fiuk deixa claro que seu objetivo não é comover o público ou se colocar como vítima, mas sim resguardar sua verdade. Ele declarou que fala em público para expor os fatos, reafirmar seu propósito e exigir justiça: “Sigo com a minha verdade, com a minha convicção e com vocês, que sempre estiveram comigo”, declarou.
Esse episódio levanta questões importantes sobre autoria, propriedade intelectual e ética nas produções artísticas: até que ponto uma ideia pessoal pode ser apropriada por terceiros? E como garantir que o idealizador original tenha voz ativa no desenvolvimento da obra? Fiuk expõe um dilema cada vez mais comum no universo da cultura: a linha tênue entre colaboração criativa e apropriação estratégica.
Independentemente de desdobramentos legais ou renegociações, sua denúncia já ecoa como alerta para artistas que, hoje, veem suas histórias transformadas em projetos multimilionários, mas correm o risco de perder o controle sobre o que, no início, era apenas um sonho.