O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou nesta segunda-feira (29) o reajuste da tarifa de ônibus municipais na capital paulista. Com o aumento de 6%, o valor da passagem passará dos atuais R$ 5 para R$ 5,30 a partir do dia 6 de janeiro de 2026.
A decisão foi tomada durante uma reunião realizada na tarde desta segunda-feira no gabinete do prefeito, na sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da capital. O encontro reuniu integrantes do primeiro escalão do governo municipal para a definição do novo valor da tarifa, considerada estratégica para o equilíbrio financeiro do sistema de transporte público.
Participaram da reunião o secretário municipal de Governo, Edson Aparecido; o secretário de Planejamento e Eficiência, Clodoaldo Pelizzoni; o secretário da Fazenda, Fabiano Martins; e o secretário de Mobilidade Urbana e Transporte, Celso Caldeira.
Segundo a prefeitura, o reajuste aprovado ficou em 6,5%, percentual que supera a inflação anual medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A projeção do instituto aponta uma alta de 0,25% para a inflação de dezembro, encerrando o ano com acumulado de 4,41%.
Esse índice anual é cerca de 2,1 pontos percentuais inferior ao reajuste aplicado na tarifa de ônibus da capital paulista, o que reacende o debate sobre o impacto do aumento no orçamento das famílias que dependem diariamente do transporte coletivo. Atualmente, milhões de passageiros utilizam o sistema municipal para deslocamentos entre casa, trabalho e estudo.
Em contrapartida, a administração municipal destacou que o percentual definido está abaixo do IPC-Fipe Transporte acumulado nos últimos 12 meses, que chegou a 6,5%. Segundo a prefeitura, o objetivo do reajuste é manter a sustentabilidade financeira do sistema, diante do aumento dos custos operacionais, como combustível, manutenção da frota e reajustes salariais.
O anúncio do novo valor ocorre em meio a discussões recorrentes sobre a qualidade do transporte público, a necessidade de ampliação da frota e a modernização do sistema. Com a medida, a Prefeitura de São Paulo busca equilibrar as contas do setor sem, segundo a gestão, repassar integralmente aos usuários os custos reais do serviço.
