O cinema brasileiro amanhece de luto. Morreu Paulo Sérgio Almeida, conhecido como “Paulinho”, diretor de filmes que marcaram infância e adolescência, especialmente os estrelados por Xuxa. Ele tinha 80 anos. A confirmação veio por uma mensagem emocionada da família, convidando admiradores e amigos para a despedida: “Apaixonado pela vida e pelo cinema, nos deixa após oitenta anos muito bem vividos, com muito amor… Viva o cinema brasileiro. E que subam os créditos!”
Um legado memóravel
A trajetória de Almeida perpassa décadas e gêneros. Foi responsável por sucessos como Xuxa Popstar, Xuxa e os Duendes e Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas, filmes que combinaram aventura, fantasia e sensibilidade para conquistar plateias infantis. Mas sua obra vai muito além da era “rainha dos baixinhos”: ele dirigiu Dá-lhe Rigoni, Sobrenatural de Almeida, Beijo na Boca e Banana Split, títulos que demonstram sua versatilidade e criatividade narrativa.
A penumbra de um adeus
A família anunciou que o velório será realizado em local cível do Rio de Janeiro, reunindo quem desejava prestar sua última homenagem ao diretor que representou mais do que imagens: foi parte da memória afetiva de uma geração inteira.
Por que sua carreira ecoa forte?
Almeida conseguiu algo raro: suas obras entraram nos lares com magia, sonoridade e estética vibrante; o impacto, especialmente nos filmes com Xuxa, transcendeu o público infantil. Ele entendia a linguagem das emoções, da fantasia e da infância — e isso fez da sua obra uma peça essencial da nossa cultura popular.
A metáfora do cinema brasileiro
Seu falecimento não apenas prolonga os créditos da sua filmografia — reafirma uma urgência: a valorização dos criadores que tocam o imaginário coletivo. No cinema nacional, figuras como Paulo Sérgio Almeida representam o equilíbrio entre entretenimento e afeto, fantasia e pertencimento.