Por Cibele Laurentino
Em O que desejas ser, depois da meia noite?, Anabela Cunha Vaz entrega ao leitor uma obra de natureza profundamente introspectiva, sensível e inspiradora, que convida à travessia dos ciclos humanos, nascimento, queda, reconstrução e renascimento. Com uma escrita lírica e afirmativa, a autora propõe um diálogo direto com a essência de quem lê, estimulando reflexões sobre identidade, coragem, sonhos e transformação.
O livro parte da ideia de que vivemos muitas vidas em uma só. Entre dores, rupturas e desertos emocionais, o texto revela que é justamente nas brechas nos momentos de estilhaçamento que a luz encontra espaço para retornar. Anabela escreve sobre partos simbólicos, nos quais versões mais leves, cristalinas e genuínas de nós mesmos emergem, reafirmando a potência do humano em se reinventar.
A obra também se constrói como um convite à autenticidade: permitir-se sentir sem anestesiar emoções, caminhar ousadamente em direção aos próprios sonhos, atravessar o desassossego para alcançar o oásis da tranquilidade. Há, em cada página, um chamado à presença, ao protagonismo da própria vida e à coragem de existir com carisma, sensibilidade e verdade.
Com uma trajetória marcada pela transição entre o rigor do mundo dos números e a liberdade da criação literária, Anabela Cunha Vaz reafirma, neste livro, sua crença no poder transformador da escrita. Autora do romance Neblina (2006), do conto Benedita, a fada (2021) e da obra O Mundo precisa de fadas (2022), a escritora consolida, em O que desejas ser, depois da meia-noite?, uma voz madura, poética e comprometida com a escuta do humano em tempos de incerteza.
Mais do que um livro, trata-se de uma experiência de leitura que acolhe, provoca e ilumina um convite para que cada leitor se pergunte, com honestidade e esperança, quem deseja ser quando o dia recomeça.
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