Os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina confirmaram casos de uma nova variante da Covid-19, denominada XEC. Segundo especialistas, até o momento, não há relatos de aumento na gravidade da doença associada à nova cepa. A variante foi notificada pela primeira vez em maio deste ano, na Alemanha, e está sendo monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma linhagem sob observação.
No Brasil, foram registrados dois casos no Rio de Janeiro e dois em Santa Catarina, ambos em setembro, além de dois casos confirmados em São Paulo, de acordo com as secretarias estaduais de saúde. Hélio Bacha, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, destacou que, embora a nova variante mereça atenção, não há motivo para alarme. “É preocupante o suficiente para estudarmos o que está acontecendo. Mas é alarmante como uma nova onda que vai chegar? Não parece”, afirmou.
A XEC se diferencia das variantes anteriores principalmente por sua maior capacidade de transmissão. No entanto, segundo Bacha, “do ponto de vista clínico, é a mesma coisa”. Ele ressaltou que, do ponto de vista genético e epidemiológico, há mudanças que requerem vigilância, principalmente no que diz respeito à eficácia das vacinas atuais. “Com a mutação, o vírus vai perdendo resposta imune às vacinas anteriores, por isso é preciso estar atento se a imunidade das vacinas protege”, explicou o infectologista.
A XEC é uma subvariante da ômicron, linhagem responsável por uma grande mudança no quadro clínico da Covid-19 desde sua aparição. Apesar das mutações recentes, Bacha afirma que as variações atuais são menores e não alteram de maneira significativa o comportamento do vírus. “Elas se modificam, mas se modificam pouco. Não têm capacidade de se apresentar com corpo e alma diferente da anterior”, completou.
