Neurociência e Espiritualidade: a terapia que está redefinindo o entendimento da consciência Novo campo da Psicoterapia, a Reencarnatória, ganha espaço por tratar de Vidas Passadas

Enquanto os estudos em todos os campos avançam, a saúde emocional por sua vez tem sofrido piora. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o Brasil está entre os países com maior prevalência de ansiedade do mundo: quase 10% da população convive por exemplo com transtorno de ansiedade e dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que o país registrou mais de 470 mil afastamentos do trabalho em 2024 por transtornos mentais.

 

Por trás de muitos desses sintomas e sofrimentos psíquicos, como a ansiedade recorrente, vazios existenciais, padrões repetitivos e dores emocionais sem causa aparente existe um movimento do inconsciente se manifestando para além do controle e vontade.

Na visão da neurociência, o inconsciente não é uma área oculta, mas um conjunto de processos automáticos que operam fora do alcance da consciência, ou seja, das escolhas do individuo. Grande parte das nossas percepções, emoções e decisões são iniciadas nanossegundos antes de termos consciência delas.

“A terapia e a psicoterapia têm a função de ampliar a consciência sobre si mesmo, identificando padrões, gatilhos e travas relacionais do paciente, com objetivo não de manter o individuo somente funcional, mas de promover transformação de hábitos, ações e no sentir a vida”, comenta Jhenevieve.

O nosso cérebro por meio de estruturas como a amígdala, o hipocampo, o córtex pré-frontal, e o núcleo accumbens trabalham na medição, antecipando riscos e ativando respostas emocionais que a parte consciente justifica depois. Portanto, muitas escolhas e sentir humano é repertório desse conteúdo do inconsciente.

A neurociência chama esse movimento de modelos preditivos, ou predictive coding: o cérebro não responde ao mundo como ele é, mas como ele se lembra que foi. Assim, traumas, crenças, vínculos afetivos, vivências precoces e até registros simbólicos profundos são convertidos em circuitos que moldam comportamento, escolhas e percepções, moldando a personalidade presente.

“Muito do que chamamos de personalidade é, na verdade, o resultado inconsciente atuando no agora, e dentro desta perspectiva a análise dos conteúdos profundos do inconsciente são a chave para a mudança e a liberdade de uma nova forma de existir”, comenta.

Diversas técnicas terapêuticas abordam a investigação deste conteúdo inconsciente, dentre elas, a Psicoterapia Reencarnacionista que busca encontrar camadas profundas desses padrões e associações relativas aos comportamentos e sentimentos atuais em relação a si mesmo e a vida.

A Psicoterapia Reencarnacionista é uma vertente de Regressão Clínica, criada em 1996 pelo médico Dr. Mauro Kwitko, e surge como uma abordagem terapêutica que amplia o campo da investigação emocional. Ela propõe que elos, traumas e crenças limitantes possam ter origem em outras experiências da consciência, muitas vezes percebidas como vidas passadas ou memórias inconscientes de outra natureza.

“Não se trata de misticismo, religiosidade e sim, psicoterapia clínica, que na minha experiência nos últimos anos com mais de duas mil regressões realizadas, tem trazido resultados excepcionais na melhora e tratamento das mais diversas questões psicoemocionais”, alerta a especialista.

Jhenevieve

 

Não se trata de um substituto ao tratamento convencional, mas de um novo olhar para velhos sofrimentos humanos

 

Durante as últimas décadas, pesquisas sérias investigam fenômenos como memória não local, consciência independente do cérebro e relatos espontâneos de memórias anteriores de vidas passadas em crianças. Esses estudos, embora não conclusivos, abriram espaço para um novo paradigma: a consciência pode ser maior que o corpo e guardar registros para além desta existência.

É justamente nesse ponto que a prática clínica confirma algo valioso: ao acessar essas camadas profundas, os pacientes desbloqueiam emoções, entendem padrões, ressignificam culpas e alcançam níveis de autoconsciência que dificilmente emergem em abordagens convencionais.

“Na prática clínica tenho percebido melhora de pacientes que chegam sem proposito, que perderam o significado da existência, que carregam padrões de culpa, medo, com relações familiares conturbadas, dificuldades de relacionamento, autoconfiança e que já estão em tratamento médico para diversas condições crônicas de saúde e psíquicas”, comenta.

Cada caso é único e é tratado seguindo a metodologia desta técnica tão valiosa. Não há mágica, há integração do inconsciente com o presente para ampliar a própria percepção e autonomia do indivíduo em relação a si e ao mundo que o cerca. Pelas sessões de regressão, são acessadas cenas, lembranças simbólicas e emoções profundas que estavam fragmentadas no inconsciente e ao iluminar essas sombras, o paciente recupera autonomia, clareza e reencontra caminho para si mesmo.

Importante nesta técnica não é reviver a dor, mas ressignificá-la, e esse movimento melhora os padrões de pensamento, a regulação emocional e neuroquímica, melhorando sua saúde.

“Cada vez mais pessoas adoecem emocional e psiquicamente e encontrar caminhos novos para o tratamento e superação das próprias dores é fundamental para reconstrução de uma identidade mais fortalecida, capaz de enfrentar as dificuldades presentes e o mundo atual. Esta abordagem terapêutica tem muito a oferecer e ainda é um campo amplo para estudos e construções futuras, mas já oferece na prática clínica uma ferramenta valiosa no cuidado”, complementa Jhenevieve que conclui, ‘caso esteja enfrentando alguma destas questões, busque apoio médico e terapêutico de sua confiança, não espere os sintomas paralisarem sua vida e trabalho, acredite na mudança e na sua capacidade de com ajuda recomeçar esteja onde estiver”.

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