Cirurgia de prótese de quadril: evolução das técnicas e dos materiais permite retorno completo às atividades físicas

Avanços como a oferta da técnica minimamente invasiva de acesso anterior, novos biomateriais e artroplastia robótica aceleram a recuperação e ampliam a durabilidade das próteses

A cirurgia de prótese de quadril se consolidou como uma das intervenções mais transformadoras da ortopedia moderna, devolvendo mobilidade, reduzindo dores crônicas e permitindo que pacientes retomem uma rotina ativa, inclusive a esportiva. Nos últimos anos, três avanços principais elevaram a segurança, a durabilidade e a eficiência do procedimento: a evolução dos materiais das próteses, o desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas, com destaque para o acesso anterior, e o uso crescente da artroplastia robótica.

De acordo com o ortopedista Inácio Ventura, especialista em cirurgia de quadril e joelho, esses progressos mudaram completamente o cenário para o paciente. “Hoje, trabalhamos com próteses muito mais duráveis, com interfaces que reduzem desgaste e ampliam o tempo de vida útil do implante. Quando associamos isso a técnicas modernas, conseguimos oferecer um pós-operatório mais seguro e uma recuperação muito mais rápida”, afirma.

Entre essas técnicas, Inácio Ventura destaca a via de acesso anterior, sua especialidade, que revolucionou a abordagem da cirurgia de quadril. Diferentemente das técnicas tradicionais, esse método não exige o corte de músculos ou tendões, preservando totalmente as estruturas ao redor da articulação. “Esse é um divisor de águas. A preservação muscular impacta diretamente na estabilidade do quadril, no controle da dor e na velocidade com que o paciente volta a caminhar. A recuperação é muito mais natural e segura”, explica.

Outra inovação que vem ganhando destaque é a artroplastia robótica, que aumenta a precisão do posicionamento da prótese e reduz riscos de desalinhamento, proporcionando resultados ainda mais previsíveis e duradouros.

O procedimento de prótese de quadril substitui a articulação lesionada por componentes biocompatíveis que reproduzem fielmente os movimentos naturais. Isso possibilita que pacientes com artrose avançada, lesões degenerativas ou danos acumulados pelo esporte voltem a se movimentar com estabilidade, segurança e com muito menos limitação.

O pós-operatório também avançou junto com as técnicas. Na maioria dos casos, o paciente começa a caminhar no mesmo dia ou no dia seguinte, com apoio fisioterapêutico especializado. O retorno às atividades cotidianas ocorre em poucas semanas, especialmente quando há engajamento nos exercícios de fortalecimento e mobilidade. “É uma recuperação progressiva, mas realmente surpreendente. A técnica menos invasiva e os novos materiais permitem que o retorno seja muito mais rápido do que há alguns anos”, destaca Inácio Ventura.

Uma dúvida comum entre os pacientes é sobre a possibilidade de voltar ao esporte — e a resposta é positiva. O ortopedista reforça que manter uma rotina ativa não só é permitido, como aumenta a durabilidade da prótese, ao fortalecer musculaturas de sustentação e melhorar a biomecânica. “Com orientação adequada, o paciente pode voltar a caminhar, fazer musculação, nadar, pedalar e até esportes mais intensos. A ideia de que prótese limita a vida ficou no passado. Hoje, com a técnica correta e um especialista experiente, o paciente pode fazer praticamente tudo”, enfatiza.

Para Inácio Ventura, o grande benefício da cirurgia está na combinação entre tecnologia, técnica e estilo de vida ativo. “A prótese devolve movimento, autonomia e qualidade de vida. E quando o paciente se compromete com o processo de reabilitação, o impacto é profundo, duradouro e totalmente libertador”, finaliza.

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